Mateando Saudades

Aqui na beira do fogo

Com este velho porongo amigo

Pois, quando mateio contigo

Sentindo o gosto que tem,

Muitas lembranças me vêm

Sentindo um aperto no peito

A gente até perde o jeito

Começa a galopar o passado

E num trancão desajeitado

Passando a vida em revista

Trazendo á retina da vista

Os corredores, as estradas

Aquelas velhas careteadas

Cruzando o rio cheio

Das domas, do rodeio,

Dos lugares por onde andei

Dos amigos que deixei

Com esta vinda prá cidade

Pois esta barbaridade

Parecia o céu a salvação

Mas, hoje vejo que não.

Cidade pra um velho campeiro

É sinônimo de desespero

Pra quem se criou em galpão.

José Antunes da Silva Sobrinho
Enviado por José Antunes da Silva Sobrinho em 07/06/2007
Código do texto: T517472