Tropel de Cavalos

Sou gaúcha, nascida na fronteira com o Uruguai
Criada nos pampas de concreto Porto Alegrenses
Férias sempre passadas na estância de meu avô
No lombo de cavalos, pescando, tomando banho de sanga.

Por isso, gosto de cheiro de mato, de canto de pássaros,
De andar descalça, os cabelos ao vento,
Trago no peito essas memórias campesinas,
Quase perdidas de tão longínquas...
Luz de lampião, chimarrão, churrasco, céus estrelados

Adulta, fui transplantada para Santa Catarina
Que me recebeu no aconchego de seu regaço
Gosto daqui, tem algo de materno no ar
Mas... não é meu chão Farroupilha.

Sinto falta do Rio Grande do Sul
Da gauchada, de algo rude e quase selvagem
Que tem no ar...não sei o que é!
Talvez seja o assovio do vento Minuano!

E assim, longe do pago...às vezes
Em noites estreladas eu ouço um ruído abafado
Tropel de cavalos em disparada sob as estrelas
Me esforço para ouvir.. mas não é nada.
É só meu coração... e a saudade!!
Lenise Marques
Enviado por Lenise Marques em 24/06/2007
Reeditado em 27/06/2007
Código do texto: T539268