"Sou tradição, você ousadia"

"Sou tradiçao, você ousadia"

Sou a rosa vermelha plantada apenas a duas mãos,

Você o cacto sem água que destoa ante todos os nãos.

Sou a fala manhosa, café da manhã simples como canção,

Você solo de guitarra, indolente a cada tocada, bela erupção.

Sou a esperança que não para, sorriso presente em composição,

Você dissonia em noites pacatas, piscadela ao caos da decepção.

Sou a cadeira maciça no canto à janela escancarada,

Você balanço intempestivo, sujeito ao vento da alvorada.

Sou a tarde de sábado esperando a chuva da sacada,

Você sexta-feira destemperada, primeiro degrau desta escada.