AO BATER DO TIÇÃO

Ao grito da gralha

a lavarena se espalha

ao bater do tição

e o sereno da relva

eu encho a cuia de erva

e começo meu chimarrão

sou gaúcho de quatro costado

um peão aquerenciado

no rincão onde nasci

isso parece que foi ontem

bebendo água da fonte

e foi assim que cresci

agora já danço um xote

e campereio ao trote

nas chinocas do meu pago

vou na copa e mando encher

porque preciso beber

um abençoado de um trago

que coisa linda que coisa buena

eu sei declamar um poema

numa carpeta de jogo

que pode ser um truco

eu carteio e retruco

então a coisa pega fogo!

escrito as 07:37 hrs., de 16/09/2021 por

NELSON RICARDO
Enviado por NELSON RICARDO em 16/09/2021
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