Desabafo de um poeta III

Reverencio a escrita pura,

A palavra sincera.

O verso livre, sem temores,

Nem dores no errar.

Aprecio a liberdade da palavra solta,

O deleite em escrever sem algemas.

O ponto final no início da sentença.

A revolução pela tinta e o papel.

Estimo pelo grito de amor e ódio,

Que dados no mesmo verso,

Na mesma linha de pensamento,

Mostra-nos o controverso sobrepondo-se na oração.

E lamento.

Lamento pela escrita centrada, mal dada.

Presa no cárcere gramatical, de asas cortadas.

Lamento o temor em fugir das regras.

E o final da folha nunca transpor.

E grito: Sou poeta. Livre como bem entendo ser.

Fabricio Oliveira
Enviado por Fabricio Oliveira em 30/05/2008
Reeditado em 23/09/2016
Código do texto: T1012270
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