JUNHO
O horizonte me obriga a deitar-lhe os olhos,
O sol levanta.
Já estão tranqüilas as horas do dia perdendo-se,
Entre um tempo e outro.
Inerte uma gaivota brinca de estátua na pedra,
A gaivota brinca!
Estabelece o inverno um frio para ossos,
Tenho casacos.
Tivesse eu asas, voaria para onde há o calor,
Mal tenho pernas...
O interior se aquece de tudo o que sinto,
O exterior congela.