Ventania.
Quem sabe ser só?
Num só brio.
Quem sabe vir sem parar e sentar?
Parar sem dizer,
Olhar o olhar, vago e sombrio,
A quem falta a aventura de sofrer?
Há quem falte por ventura e sofrer.
Amar sem reflexo,
Caminhar sem volta, e sempre e sempre.
Não fique se for confortável,
Não volte se não for sorrir,
Chega do vir porvir,
É melhor o agora que cabe nas mãos,
Segura! Sente!
Ásperas paredes em reboco.
E esconde a janela,
E nela o mar se esconde,
Amar sem onde,
Amarrar os atos,
Fado farto de pessimismo.
Caminhar sem volta. E sempre e sempre.
Tão distante.
Não a vejo pela janela.
Não há vento que deixei seus cabelos penteados,
Sou ventania.