Minha Vida de poeta

MINHA VIDA DE POETA.

Que há neste mundo de tão interessante?

Não consigo ver nada além de pouca Natureza e algumas idiotices.

Dia desses, andavam pela rua eu comigo mesmo e divagávamos,

e juntos, eu comigo mesmo, percebemos que havia sim algo de importante

e nisso consistia o mundo, ele é.

Isso basta para que seja lindo, o fato de ser.

Quanto aos seres? Ora... pobre mente humana, o seres são e nada mais,

e isso basta para que sejam maravilhosos.

Dizem alguns que meus versos são copiados de Fernando Pessoa,

e a esses digo: sem dúvida ele é pra mim uma grande influência, afinal, amamos as mesmas coisas: a vida e a natureza.

Quiçá pudesse eu ser comparado a tão grande nome na poesia, mas não tenho sequer a pretenção, ele era poeta, eu não sei o que sou.

Ás vezes posso ser, mas que isto importa? Os versos me vêm nos momentos em que menos espero. Jamais sentei com a vontade fazer uma poesia, simplesmente peguei papel e lápis e como que ludibriado ou em estado de transe, somente acordei quando a havia terminado.

Tão verdade é o que disse, que algumas vezes já me emocionei com meus próprios versos, e outras sequer teria coragem de dizer que escrevi aquilo.

Dizem os influenciados que a poesia é construção. Ora, pode que seja, posso eu sentar-me e produzir um poema, mas ele nunca passará sequer de uma página de livro, se é que venha a ser publicado. Agora, quando o poema é inspirado, assola até o coração mais frio, e essa é a poesia que procuro, não perco meu tempo em busca de construções frasais que tornem belos ou feios meus versos, mas faço-os da forma como me vêm a cabeça.

Isso basta para que eu me sinta em paz, é como se eu escrevesse um amor que sinto não sei pelo que, mas ódios não. A raiva não merece tantas homenagens em versos, pois, se contemplo o mundo e dele escrevo, onde é que posso encontrar raiva a não ser na infâmia do homem?

Isso posto é o que acredito, quem quiser conhecer os ditos versos, digo que, se bem amigo os mostrarei, afinal, não abrimos o coração a qualquer um.

Cássio Morais
Enviado por Cássio Morais em 15/06/2008
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