Ingovernável

Sol de verão, frio de inverno

Folhas no chão, flores no inferno

Tempestade que empolga...

Calmaria que incomoda

Como um gesto que molda

Aquilo que te acomoda

Os ventos sopram, o tempo é inesato

Para essa prova, sobram relatos

Uma eternidade pode durar alguns segundos

Em alguns minutos, transformo meu mundo

Pulo um muro, durmo no chão puro

Me atiro no escuro...

livre e inseguro

O certo e o errado que só meus olhos podem ver

A coragem e o medo

A euforia e o desespero

No clímax, o exagero

E quando chego, no aconchego do meu lar

Que é em qualquer lugar

Que eu tenha paz de espírito

Acompanhado, sozinho

Cantando, sorrindo

Um outro mal-dito

Ingovernável e tranquilo!