André


O sorriso maroto que brilha em seus olhos
me conforta
mesmo quando rói as unhas das mãos
e dos pés.

Os pés descalços que correm atrás das bolas,
como o vento,
trarão marcas das pedras dos caminhos,
indeléveis.

Quiser fosse a vida só de sonhos.
E no arco-íris
com mil anjos barrocos endiabrados
se encontrasse.

Só bolas coloridas pelo espaço.
Sem tristeza,
enquanto o mundo caminha perdido
pelo espaço.

( Escrevi este poema em 09 de janeiro de 2000 para André de Melo Duarte, meu sobrinho. Hoje ele faz 15 anos - também tirei esta foto, mas a montagem é de minha irmã Regina Melo - Jocknevich )