Nosso Paraíso

Era noite de primavera,

Ali sentados naquela areia fina,

Olhando as cores da lua,

Eu, e a minha menina,

Ouvindo a música do mar,

Que embalava nossos beijos,

Fluíam na pele o desejo,

De sempre e sempre te amar,

As ondas dançavam na imensidão,

Brincavam de aproximar da gente,

Deixavam a espuma como um lençol branco,

Para nos acalentar,

Fugiam a passos lentos sem que percebêssemos,

Pois, nós ali, namorados e sedentos,

Fomos interrompidos pelo silêncio da praia,

Que após um tempo,

Apaixonados e atentos,

Queríamos não deixar o tempo passar.

Nus, até a areia insistia em nossa pele colar,

Pelo suor? Medo da solidão? Quem possa imaginar?

Assim, a noite galopava com a brisa,

Procurando o berço das serras para se deitar,

Ela sorria, pedia para te beijar,

Logo, eu não hesitava e atendia,

O nosso romance reiniciava,

Era só tocar,

E deslizando naquela areia fina feito serpente,

Ficamos grudados em nossos planos,

Como ninguém não nos encontrou,

Acordamos em plena luz do dia,

Tomamos um banho na água salgada e fria,

Que descolou vagarosamente,

Os minúsculos pedaços de areia vadia dos nossos corpos,

Depois de uma noite intensa de amor e risos,

Desenhamos naquele lugar,

Nosso paraíso.

maninhu
Enviado por maninhu em 15/07/2008
Código do texto: T1081413
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