UM ESCRITOR QUE FAZ CEM ANOS
Um homem simples viaja no bonde
em voz meio elevada lê para o amigo
que, talvez menos que ele Casmurro,
passa a entender o que se passa consigo
Um chapéu, uma bengala, objetos
pequenas coisas que nem ligo
para muitos de tais nada se diz
pois nunca mereceriam a importância
de gigantes se tornarem, graças ao nosso
MACHADO DE ASSIS