Ânsias e delírios
Tudo em mim flui. Tudo pára.
Estagnadas minhas mãos
Raciocinam as pedras por onde andam meus pés
Ouço o marulhar das ondas
Meus pensamentos de encontro à barreira do tempo.
Pequenos brotos nascem nos canteiros
Grandes nuvens cinza no horizonte
Em mim verão
Nas águas que correm, inverno
Em meus olhos a solidão
Da ausência primaveril das flores que sinto em meu corpo.
Silêncio. Silêncio.
Ouço o barulho da vida
Minha respiração,
o palpitar da noite escura e fria
que abriga a dormência das estrelas distantes.
Transpiro suspeitas, suspiros, ânsias e delírios.
Será que meu amor pensa em mim?