No caos o cálice de suor frio

“A relva dita a cor das nuvens”.

Verso perdido no jornal fumacento.

Ausência de chuva.

Transparência sem contexto.

Entre a fumaça do automóvel,

o rosto macilento

de uma medusa quase musa.

“20 martelinhos pra dentro!”.

No caos o cálice de suor frio,

a pouca piedade em se sentir vazio.

O soco no fígado.

As lágrimas em cio.

Dentro da carcaça já sem brilho

o coração sem coragem de ser (in)feliz.

jeferson bandeira
Enviado por jeferson bandeira em 19/07/2008
Código do texto: T1087448
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