Silêncios da Alma (2)
 
Em silencioso amor te observo,
eu que vivi tanta beleza,
hoje te escuto e sinto sem eivo,
disfarço-me em natureza.
 
Sou a tormenta que encapela
o mar em sua grandeza.
Sou o sereno em tua face bela
que do amor te dá a certeza.
 
Nada mais sou que o infinito
nas asas do passarinho,
aquele sonho mais que perfeito
de leveza em teu caminho.
 
Dos versos que te redimem
sou o sopro do vento eterno,
nuvens brancas que definem
no céu o azul sempiterno.
 
As árvores que te sombreiam
da terra retiram o seu vigor,
assim os frutos que semeiam
em ti todo o meu amor.
 
Em silencioso amor te observo
Disfarço-me em natureza...
 


 
 
Réplica dedicada à Susana Custódio,
pelo seu poema “Amor que não morre”
 
 
 
 
(Obs: sem eivo = no sentido de sem manchas)
Imagem do google:
estudantedigital.esmoncao.com
 
meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 19/07/2008
Reeditado em 26/03/2010
Código do texto: T1087582
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