ABSURDO
Ah, silêncio!
Ensurdecedor!
Sozinha
atordoo
com o
som vazio
as dissonâncias
do eco
do oco
com os gritos
e gemidos
do nada!
Atordoada...
Calo
olhos e boca
tapo
os sons
mas decoro
os tons
e os tons
entonam
ressonam
atordoam
e eu calo.
Num grito
mudo
intercalo
silêncio
oco
vazio
e o falo
oras a fio
no vazio
no vácuo
no eco
mudo
do meu
ab(surdo)
mu(n)do
que
só...eu
inundo!