LANTERNA

É na espera que a estrada se cria,

entre musgos e fungos e pedras,

cratera na terra é fogo que esfria.

O tempo é o tear onde se fia o dia,

meu vestido é linho de horas novas,

a linha na agulha amarra a história.

Se eu esperar e a estrada escurecer,

pego um fio fósoforo na aura do anjo

e dou vestimenta ao passo, na luz.

betina moraes
Enviado por betina moraes em 01/08/2008
Código do texto: T1108334
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.