"Abro a janela do meu ser. Vejo lá fora..."

Abro a janela do meu ser. Vejo lá fora...

Ondula o vento a levar sementes

Férteis e plebéias, que os garotos vão catando.

São plantadas e colhidas sem demora

Num canteiro sem idéias.

Doutro lado, empunhando um balde de flores,

Sozinha segue uma inocência feminina a trilha

Que à lonjura ma repõe. Perco-a de vista

E, em maior ternura, ficam-me somente suas cores.

Ia Sozinha ou, antes de marcar a pista, mutilada já?

Tudo é tão sempre Lá...

Eu nada fui na primavera hostil

Senão a garra que somente espreita,

Ao fim desabrochando para dentro.

E assim meu organismo, estranho a Mim, quase me rejeita...

wsdafae
Enviado por wsdafae em 03/08/2008
Reeditado em 26/11/2008
Código do texto: T1110411