situação limite.

“JOGUE SUAS ARMAS A CASA ESTA CERCADA!” gritam do lado de fora.

“Daqui eu não saio nem morto”, pensa o sujeito e olha os reféns,

Quatro pessoas, cada uma com suas angustias que compartilham este cativeiro.

Uma senhora de idade se agarra ao rosário e se une ao seu Deus, e uma

Criança abraçada a mãe que chora em desespero olhando o homem armado

Andando feito louco pela sala. Se sentindo sem saída, sem esperança e sem solução.

A única luz dentro da casa é de uma televisão que esta passando o jornal

Que anuncia mais miséria, corrupção, tragédias mundo afora. Tudo

Muito longe. Mas o drama ali dentro é intenso, único e REAL demais para

Todos eles. O homem se agita, esta com a mente acelerada, sente a morto lhe

Mordendo os calcanhares. Hoje é seu dia. Dele não vai passar. Só com um milagre,

Mas nunca acreditou muito nisso. Começa o burburinho, é agora, vão invadir a casa.

Arrombam a porta, entram vários homens armados de metralhadoras automáticas.

Atiram em todos, no homem primeiro que cai sem disparar uma bala do seu revolver. Depois na mulher que grita em desespero sendo despedaçada pelas balas. A criança corre para o quarto mas é alvejada no meio do caminho. A velha senhora sentada numa poltrona é a ultima e morre segurando seu velho crucifixo. Os invasores verificam se não há mais ninguém. Não, não há. Saem felizes dizendo, mais um policial morto.

Marcelo Riboni
Enviado por Marcelo Riboni em 08/08/2008
Reeditado em 13/05/2011
Código do texto: T1119442
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