Mariá

Mariá

Bem longe do mar,

Mariá, negra, formosa

E madura, no meio da urbe

Grandiosa mandou me chamar.

Sente dores no peito

Um forte desejo

Uma grande paixão.

Quer agora de forma Calada,

Uma poesia concreta, mesmo suada

Que lhe fale ao coração.

Corro perigo eminente,

Não posso sair dos braços

[ da Irene].

Mariá precisa saber

Que poemas suados

São coelhos mortos;

Poesias forçadas são folhas

[ mortas].

Mariá no meio da massa falida chora.

Que amor é esse? Por que choras

Se eles não choram.

Nunca vi tanto desgosto

Um amor com tanto gosto

Amor tão belo sim

Não pode ser descartado

[ assim].

Poeta Dos Ermos