DEVANEIOS

Muitos obstáculos a percorrer...

Uma imensa estrada se apresenta,

Algo incerto para viver.

O desconhecido me sustenta....

Nem sei muito o que escrevo,

Muitas vezes sem parar para pensar.

É como se a mente fosse acervo,

Que me ponho sempre a pesquisar...

Pensamentos loucos, insólitos, sinistros,

Vagueiam agora em minha cabeça;

São fagulhas de um transistor.

Totalmente sem sentido, esqueça!

Algo me sopra ao ouvido,

Rimas que me ponho a escrever.

Um ser muito querido,

Uma luz para sobreviver...

Parece que digo nada com nada,

É a força da expressão que ecoa em mim,

É o sentimento mais puro, a nata,

Daquilo que a voz não fala fácil assim...

Me calo agora e paro para refletir

Em algo que eu possa rimar,

Me desligo do mundo para emergir

Aquilo que o coração teima em calar...

Que bom te ter ao meu lado.

Papel, único amigo que consigo cultivar,

É flor de semblante orvalhado,

É magia que sempre esta a me encantar.

Uma estranha vontade me toma agora,

Preciso loucamente compor.

O lápis não exita, sem demora

Em falar, dizer amor...

É a música, a vida, o ar,

Tudo me inspira os anseios.

Embora eu vá aqui terminar,

Estou ainda pendida em devaneios...

(Data: 17/03/2003)

Giselly Aguiar
Enviado por Giselly Aguiar em 15/02/2006
Código do texto: T112306