Brisa Profana

Aquele toque quente de brisa quase profana

que suspira, que arrepia, que liberta o grito

limpa e reorganiza qualquer canto (que outrora fora corrompido)

carregando temores consigo e lançando-os longe sem pudor.

Ao ápice alucinante, o contorcer das veias

e o repuxar do corpo que responde à brisa, já ventania

traz à mente um vazio trôpego tão desejado, enfim,

para a remissão do que julga e fere ardente

Ao abandono da quente brisa tão querida

resta a lembrança quase sensual do que se foi

amaina-se o terror do passado, renova o presente que se vive

e deseja-se o retorno das delícias remissoras...

Debora King
Enviado por Debora King em 27/08/2008
Código do texto: T1148924
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