Resigna Vida

Não anseie desse modo a morte,

Basta- te em ser mortal...

Embora tua alma jamais se esgote,

Embora a vida seja Umbral...

Não invoque a entineraria do além...

Morrer é inevitável!

A morte não poupa ninguém...

A tua também é provável!

Não é acaso essa abundância

De vida desatrelada em teu ser...

Não reduza a insignificância

O motivo do teu viver!

Esta fúria avassaladora

Que de teus abismos transborda...

É desmedida e arrebatadora

Sabedoria que abunda!

Se precisas tanto morrer

Morra ainda em vida!

Seja mutável em seu ser

Eterna Fênix renascida!

Não cobices o dia da ruína,

Que teu corpo na terra sepultará...

Tua alma é eterna e divina,

Tu nunca morrerá!

Já estás morto, criatura!

Viva a morte então!

Teu corpo é tua sepultura...

Teu corpo é teu caixão!

Guardiã da Ventura, São Paulo, 11 de Setembro de 2008, 17: 04

Shimada Coelho A Alma Nua
Enviado por Shimada Coelho A Alma Nua em 11/09/2008
Reeditado em 04/06/2014
Código do texto: T1173081
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.