A Morte

Sempre tive um gosto pelo cemitério

Não me levem a mau não, explico

Falo da tranquilidade, do mistério

O encantamento, o silêncio místico

Aos mortos o respeito da morada

A última, diz algum crente

Talvez o fim da sua caminhada

Início de um novo presente

Do início, que a religião proclama

Do fim da vida que o parente chora

O finado pálido em cima da cama

Sem saber pra onde vai apenas ora

Existe graça em tudo na vida

Só na morte que é certeza

O homem chora muito ainda

Acometendo a alma de tristeza

Fernando Flor Airoso

15/09/2008 18h10min