Castiçais

Quero ser o amor sem dono
Sem que me olvide jamais.
Da vida, colher o pomo
E da paixão, temporais.
 
Quero mergulhar no sono
Das regiões abissais,
Ressuscitar o profano
De donzelas e missais.
 
Quero o sonho e catedrais,
A queda de muro alpino,
Que sobressaiam os vitrais
E o luminar divino.
 
Quero o impossível rumo
Das bandeiras e gerais,
Para o despertar soturno
De um tempo que se esvai.
 
Quero as cinzas deste inverno
Guardadas em castiçais,
Onde em plenilúnio eterno
Em meus braços tu estarás.




meriam lazaro
Enviado por meriam lazaro em 22/09/2008
Reeditado em 05/03/2010
Código do texto: T1191687
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