Velas acesas, olhos fechados...

As velas se consomem

Na escuridão eles comem,

devoram a carne do inocente,

Enquanto quem assiste,

nem pena sente...

A luz ilumina, o pecado do ritual

esfregam seus olhos,

acham tudo normal...

Em lágrimas, grita socorro,

pede auxilio ao sumo bem.

As asas mal colocadas escondem a cruel verdade.

Será que não vem ninguém?

Enquanto devoram, assassinam o sonho...

O pobre é condenado, a caminhar sem direção,

em um destino medonho...

mas a luz se apresenta, é salvo por uma mão...

Seu rosto, ofuscado, em lágrimas pede perdão,

A falsa perfeição que consumia,

percebe que não deve ser em vão..

Amaldiçoam o turvo homem,

que carrega a adormecida vítima,

que outrora estava sem proteção.

O anjo que o protege, da luz o deixa além,

Volta sozinho ao ritual,

Perdoando os agressores,

faz renascer o bem....