A Teoria do Sangue

Nada se perde onde não há o que se ganhar.

Tudo muda quando há como se mudar.

A diferença é que antes que a mudança nos alcance,

Vêm-nos a TV, o jornal, o rádio, a mídia,

Vêm-nos todos aqueles falatórios

E notícias que nos privam a vida.

Fato é que nunca se possui aquilo que se deseja,

E sempre procuramos o que não se tem.

Mas para ter o que tanto se enseja,

Fazemos sempre aquilo que nos convém.

Destarte, estabelecemos a diferença basilar

Entre a alienação vigente

E a historicidade latente.

Olhemos todos os exemplos imagináveis

E todas estas linguagens descartáveis,

De tantas “praxis”, de tantos “juris”,

De tantos “verbis”.

Expressões úteis às dominações inertes.

Soframos para ter respaldo,

Brilhemos para ter repúdio.

É a vida que segue,

É a vida do sangue.

Daniel Euzébio Pinheiro
Enviado por Daniel Euzébio Pinheiro em 07/10/2008
Código do texto: T1216838
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