Mais uma BRANCA DE NEVE

Uma mocinha branca

Com um corpo sensual

Tão linda era

Que parou o sinal

Homens famintos

Uma princesa

Numa noite fria

Era dinheiro com certeza

Ela, também faminta.

De corpo e alma

Tinha que se vender

Para alimentar sua casa

Fazia com o corpo

E purificava a alma

Vendia-se

E purificava

Linda menina

Indefesa num sinal

Uma bruxa malvada

Só a fazia mal

A maça envenenada comeu

Deixou a infância

Virou mulher da vida

cresceu

Sofreu por ser mulher

Aos outros deu comer

Deixou a escola

Foi privada do saber

Linda menina

Velha ficou

Mulher da vida

Na rua se graduou

Não podia reclamar

Aquele era seu lar

Conheceu homens

Mas não podia amar

Pela beleza

Um preço alto pagou

Passou pela vida

Mas nunca amou

Menina mulher

Mulher menina

Menina da infância

Mulher sem vida

A Confessora
Enviado por A Confessora em 09/10/2008
Reeditado em 22/10/2008
Código do texto: T1219916
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