DELIBERADA(MENTE)

Deliberadamente escoei...

abri as comportas

deixei vazar o senso

esgotei as angústias

sequei o pranto

e também um tanto

de sorrisos frouxos

Aliviei o peso das idéias

dos pensamentos soltos

das compensações

e sublimações

e também das alucinações

Deliberei:

Nada de amarras hoje!

Nem filosofia tosca

nem poemas a fórceps

muito menos teoremas

nem Mandrágoras nem

Pitágoras...nem alfazemas

nada com nexo ou complexo

Hoje eu só quero o gozo!

De uma cópula irracional

de um coito sem juízo

de um encontro acidental

só quero o ato inconsciente

de uma paixão inconsistente

a perda total da razão

Que o universo inteiro conspire

que meu gozo seja sublime

quando enfim suceder

o ato final:

Livre de todo pensamento

e de todo entendimento

extasiar-me de um sopro

sentindo tomar-me o corpo

um amor universal!

E que eu goze...a mais pura seiva

de vida...e de amor

transcendental.

Monica San
Enviado por Monica San em 10/10/2008
Código do texto: T1221986
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