Cavaleiro Andante

À luz da penumbra

silenciosa da noite,

tento repousar os anseios

que me trafegam

o sangue de ausências.

Nesse percurso gravado

por solitárias pegadas,

ouço passos

uníssonos aos meus.

Eis que surge

um cavaleiro andante,

que com sua pena

reescreve-me as páginas

já viradas de solidão,

contornando de palavras

e preenchendo com metáforas

os espaços dos devaneios

habitados pelo branco.

Nesse instante, sua mão

entrelaça de vontade a minha.