Mãos
Ainda me resta
Um pouco de poesia
Nas mãos tatuadas de desejo.
A caneta que resvala
Por entre os dedos
Não sacia a ânsia
Do toque das linhas do teu rosto
Ou do contorno das tuas mãos.
A necessidade que me consome
As mãos cria em mim
Um vazio eterno de solidão.
A poesia que ainda me resta
Inflama-me as palmas,
Ansiando-me resgatar da impossibilidade
Do preenchimento do desejo.