A Dança

Ouvia música,

de repente, se viu dançando,

embalada naquele som.

Era uma explosão de energia

e sensualidade reprimida.

Não sabia desde quando.

O seu repressor interior,

sempre ele, dizia:

Que ridícula!...

...mas outra força, dentro dela, insistia:

- Vá, solte amarras,

dance, dance, dance...

Destruiu o censor

e dançou sem parar.

Sentiu-se bailarina,

flutuando, livre,

brilhante, sedutora,

numa catarse espontânea e natural.

Tinha conseguido liberar o seu verdadeiro "eu".

...Finalmente, era ela!

Maria Neide Melo
Enviado por Maria Neide Melo em 14/03/2006
Código do texto: T123335
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