A Dança
Ouvia música,
de repente, se viu dançando,
embalada naquele som.
Era uma explosão de energia
e sensualidade reprimida.
Não sabia desde quando.
O seu repressor interior,
sempre ele, dizia:
Que ridícula!...
...mas outra força, dentro dela, insistia:
- Vá, solte amarras,
dance, dance, dance...
Destruiu o censor
e dançou sem parar.
Sentiu-se bailarina,
flutuando, livre,
brilhante, sedutora,
numa catarse espontânea e natural.
Tinha conseguido liberar o seu verdadeiro "eu".
...Finalmente, era ela!