XXI séculos
Triste recomeça à madrugada
Vagando a Luz... do olhar
dos longos postes que vigiam a noite
Sorrindo dos meus falsos risos
Melancólica existência sem... sentido.
Onde em clarão te roubam... tudo!
Oh! Amarga penitência ter que explicar...
a cada amanhecer... O que sou... o que não ser!!!
Infame, insônia
que degrada minha alma...
Não me entregarei ao tempo
mesmo que meu corpo
já esteja... corroído pelos vermes que acompanha-o!!!
Impede-me, líquido lascivo
Que hoje, o dia não esta propício
para minha morte.
Ainda sinto a descontinua devassa... da dor
Quero um lugar que seja mágico
Onde não me condenem pelos meus pecados
Não me condenem por estar vivo.
Longos se tornaram os dias
De minha vida lúgubre
Os passos das estações
Que sempre feriram minha face
Hoje tardam de aparecer com pena de meu corpo podre!
Oh! Dias de malgrado... e mal adoro
Que me atormentam
Oh! Dia de meu nascimento... que sempre me despertou arrependimento
Por que minha morte tarda chegar.
"Em homenagem aos meus longos 21 anos."