XXI séculos

Triste recomeça à madrugada

Vagando a Luz... do olhar

dos longos postes que vigiam a noite

Sorrindo dos meus falsos risos

Melancólica existência sem... sentido.

Onde em clarão te roubam... tudo!

Oh! Amarga penitência ter que explicar...

a cada amanhecer... O que sou... o que não ser!!!

Infame, insônia

que degrada minha alma...

Não me entregarei ao tempo

mesmo que meu corpo

já esteja... corroído pelos vermes que acompanha-o!!!

Impede-me, líquido lascivo

Que hoje, o dia não esta propício

para minha morte.

Ainda sinto a descontinua devassa... da dor

Quero um lugar que seja mágico

Onde não me condenem pelos meus pecados

Não me condenem por estar vivo.

Longos se tornaram os dias

De minha vida lúgubre

Os passos das estações

Que sempre feriram minha face

Hoje tardam de aparecer com pena de meu corpo podre!

Oh! Dias de malgrado... e mal adoro

Que me atormentam

Oh! Dia de meu nascimento... que sempre me despertou arrependimento

Por que minha morte tarda chegar.

"Em homenagem aos meus longos 21 anos."

Cristiano Gonçalves Silva
Enviado por Cristiano Gonçalves Silva em 15/03/2006
Código do texto: T123677