PASSARINHANDO

Viestes cantarolar sobre a minha janela

Parecia falar língua humana, aquarela

Contando passos da vida bela

Pobre passarinho, livre, veloz, às vezes assustado

Peito estufado, corpo arrepiado

Canta, pula, voa para o infinito

Perto parece daqui, longe envolve, some e se vai

Festa faz, corta o som da sinfonia, a harmonia sai

Canta versos lindos, quase um Pavaroti

Perfila sua agonia, sua dor

Tristeza ou alegria, por amor

Transfigura em cálido rubor

Não é um poeta

Mas de pura poesia se farta

Alimenta a alma

Inspira o poeta.

divina
Enviado por divina em 17/03/2006
Código do texto: T124446