"À um poeta" (Sem título)

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À um poeta

Na era de deuses mortos

Um corpo se levantou etéreo

Com sua língua de ácido e

Seu coração de sombras que

Dado aos homens se fez forte;

Em seus olhos sombrios, sempre

cobertos por longas histórias,

Tua pena negra se fez assaz

E teu verbo firme, fria lâmina.

Era a chaga e a derrota,

O vinho e a poesia...

Era a prata nas mãos da dama

E o sonho nos olhos da lua;

E durante a melodia lupina

Se ergueu do cemitério, o poeta,

Com tua palavra veêmente

Na terra embebida nos vícios da ignorância.

E tua lira se fez ouvida

Como os sinos que recharçam.

Enquanto o lobo faz sua ària,

O corvo enterra teus fantasmas.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 28/10/2008
Código do texto: T1253497
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