POEMA SOBRE A MORTE
Tenho que falar da morte.
Inusitado pedido
descrevê-la num papel
de modo estranho e magnífico.
para um humano:
louco fazer.
para um poeta:
ossos do ofício.
Mais que desejada
ela é amada.
Todos a aguardam
ávida ou mansamente.
Ela, audaciosa dama,
Age quando quer.
Eterna
Não tem presa.
O mortal sacaneia
Chega a desafiar a fé
Do corpo
Que tanto a quer,
Imortal que é.