Pária

A lágrima rola pela complexidade da vida

Sim, em minha face incompreendida!

Quero estar só, sugando o que de mais profundo tem a solidão...

E sentir a gélida noite invadir meu coração

Como um vampiro no mais obscuro conto

A sugar sua presa diante de tamanho pranto

Em seu universo também incompreendido

Pelo ser que é, não correspondido...

Que culpa temos se vivemos a dor?

Um sentimento nobre assim como o amor!

Os trajes que nos envolvem são apenas uma alusão

Àquilo que em nosso íntimo está em ebulição

Em meio a lápides de mármore estamos a caminhar

Ao som de pássaros noturnos a lamentar

Só queremos ser livres sem preocupação

Daquilo que esperam de nós, a perfeição!