A cor do Invisível

Hoje o céu azul-cinza-chumbo acobertou-me a cabeça de um modo

Que de um modo tornou o mundo uma mera quimera

Em que eu me encontrava sozinho, moribundo.

Foi assim que bruscamente percebi: - estavas ali naquela tarde!

Ardeu-me então nas mãos o anseio de te ter entre os dedos,

Naquelas palavras brandas presentes na pálida cor do papel.

Tomei então tuas palavras pelas linhas curvadas de minhas mãos e as li.

Falastes de uma Casa em Ruínas e de Ela e Eu.

- Quis escrever por um minuto...

A vontade passou quando vi o rio, ele estava taciturno e escuro.

Veio-me mais da vontade insana

De um dia descobrir-me um filho bastardo, quem sabe,

De teus velhos novos versos, Quintana.