EPÍLOGO

Que as ondas levem esta aurora fria

Onde pisei o solo de superfície árida

A solidão de muitos atrás das cortinas

O silêncio das conchas na orla da praia

Que as ondas levem minhas horas intensas

Inundem os dias na folha do calendário

Nenhuma lembrança no meu peito ressoe

A não ser a deste instante perfeito e vário

Que as ondas levem o sonho que tive

Não tragam novamente as manhãs de março

Para que eu encontre um outro caminho

Ao quebrar recolham também os meus passos

Que as ondas levem cada adeus

Grãos de areia que uma vez perdi

Que não volte mais a nostalgia

Do futuro que passou e não vivi.

Franciane Cruz
Enviado por Franciane Cruz em 25/03/2006
Reeditado em 23/05/2009
Código do texto: T128443
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