Hórus
As mãos chorosas são grosseiramente tocadas,
As poesias não mais me habitam,
A eternidade num só tempo que já passara,
As ilusórias tensões para universo se encaminham
Carbonizado por meu leve e furioso alento
Refugiado devido ao receio daquele que caça
Toda minha juventude fora dedicada ao vento,
A despedida da vigorosa e entristecida asa
A beleza rara é definitiva preocupação
E o tardio amanhecer em seu devastador raiar,
Inicia os berros da árvore anciã que não se cessarão,
Com isso meu estúpido corpo não irá se levantar
Mortalmente definhado e perplexo
Rastejo mendigando para a glória... Solução,
Mas o escombro de um acidente é o reflexo,
Espalhado e amparado por todos a minha insignificante... Exposição
Mortificando e estancando infinitas feridas,
Em meio à angustiante desonra das batalhas
Junto de minha vitória roubada pelas víboras malditas,
Encontro-me afogado e sucumbido por lacrimosas cascatas
Perdido na vistosa areia do deserto
Deparo-me com suaves nuvens espaçadas
Talvez com isso meu guardião esteja liberto,
E minhas preces esgotadas.