Hórus

As mãos chorosas são grosseiramente tocadas,

As poesias não mais me habitam,

A eternidade num só tempo que já passara,

As ilusórias tensões para universo se encaminham

Carbonizado por meu leve e furioso alento

Refugiado devido ao receio daquele que caça

Toda minha juventude fora dedicada ao vento,

A despedida da vigorosa e entristecida asa

A beleza rara é definitiva preocupação

E o tardio amanhecer em seu devastador raiar,

Inicia os berros da árvore anciã que não se cessarão,

Com isso meu estúpido corpo não irá se levantar

Mortalmente definhado e perplexo

Rastejo mendigando para a glória... Solução,

Mas o escombro de um acidente é o reflexo,

Espalhado e amparado por todos a minha insignificante... Exposição

Mortificando e estancando infinitas feridas,

Em meio à angustiante desonra das batalhas

Junto de minha vitória roubada pelas víboras malditas,

Encontro-me afogado e sucumbido por lacrimosas cascatas

Perdido na vistosa areia do deserto

Deparo-me com suaves nuvens espaçadas

Talvez com isso meu guardião esteja liberto,

E minhas preces esgotadas.

Carlos Henrique Toledo
Enviado por Carlos Henrique Toledo em 25/03/2006
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