O LIMITE

O LIMITE

No meu anseio ainda é véspera.

A palavra arde no céu da boca

como a esperança, de ré.

Há uma múmia crucificada

alimentando meus medos

e minha bússola se fragmenta

em arroios indefinidos.

Quero juntar pedaços,

chegar ao cerne,

apagar a flama

da luz que inverte o brilho das estrelas,

mas só há fragmentos...

O percurso escorre em sobretons

e meu olhar desfocado

procura o fogo ancestral

pra descobrir o limite

entre o ódio ...e o amor.

Basilina Pereira

Basilina Divina Pereira
Enviado por Basilina Divina Pereira em 17/11/2008
Código do texto: T1287602