O peregrino
Distancio-me da revolução de minha alma,
Pelas gôndolas da discórdia serena
Por entre espinhos e armadilhas da calma,
Desta seca e fugaz Veneza
Sou o monge do renascido alvorecer,
Com o mesmo e velho semblante vulgar
Que reza pela cruz ao anoitecer
E que aniquila a expressão do amar
Imperfeito ícone imortal
Desgracioso como uma enfermidade
O conselheiro dos fundamentos do mal,
Meticulosamente baseado na deslealdade
O prêmio de minha vitalidade aterradora,
São as lágrimas derrotadas sobre a fonte,
A volúpia da virgem sonhadora
E massacres observados pelo monte
Minha garganta já duramente estremecida
É a progenitora do caos benevolente,
Originou a confrontada besta adormecida,
A deusa de minha plenitude eminente