.:: Minha poesia não fala ::.

Poesia, essa que é muda

Deveras, deságua num mar

Sem vozes, sem sons

Distrai, assim mesmo, o luar.

Não fala nem de si mesmo

Esquece da sua vã existência

Resvala sempre em segredos

Se esconde atrás da inocência.

Eu aqui de mansinho, falo

Por ela que não tem como gritar

Se desmancha em prazeres alheios

Nas palavras, o intento de amar

Eritânia Brunoro

Em 22 de novembro de 2008