Sem limites...

Ando meio sem noção

Não sei que dia, que horas são

Mudo de canal, zapeando na televisão

Não sei se vai sair uma poesia ou quem sabe, não

Começo querendo dizer, falar de sentimentos

Depois brinco com as rimas em todos os momentos

Dessa vez nada triste, tô fora de lamentos

Xô deprê, sai pra lá tormentos

Quando me dou conta, vejo que uma poesia eu fiz

Vou rimando, brincando e arriscando, por um triz

No limiar da razão e da loucura coloco meu nariz

E quando eu passo pelo abismo, sorrio e peço bis

Pode parecer devaneio, uma poetisa a divagar

Digo que é a arte, a arte de me expressar

Falar de coisas do coração, do querer, do amar

Espantar a solidão e quem sabe alegrias suplantar

E com as palavras sigo então brincando

Para dizer o que ando tanto pensando

Eu sei lá, às vezes estou só divagando

De um poeta só fique esperando

Algumas rimas que anda elaborando

Gosto muito de falar, me expressar, de escrever

Coisas latentes de meu peito, quer dizer

A inconstância de uma alma a se desenvolver

Pendida num penhasco, onde pode escolher

Se jogar, ficar onde está, tentar ultrapassar, vencer

(Data: 05/02/2006)

Giselly Aguiar
Enviado por Giselly Aguiar em 29/03/2006
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