INVISIBILIDADE
Quando o brilho dos teus olhos sumiu,
Só eu presenciei
E nem pude fazer nada
A não ser chorar lágrimas
Que ninguém, nem mesmo você
Pode notar.
Quando ninguém te viu
E o manto da invisibilidade te cobriu
Só eu te notava
Nem você percebeu.
Quando teu sorriso murchou
Tal qual murcha a flor sem luz e sem água
Eu quis regar e iluminar
Mas não pude.
Pude somente gritar silenciosamente
Estou aqui.
Quando vi as brumas te envolverem
E a injustiça se fazer presente,
Massacrando
Tirando a esperança
Fui completamente inútil
Estava ausente, impossibilitado,
Inerte.
E me questionava,
Porque não consigo
Queria lutar as tuas lutas
Desbravar seus caminhos
Ser norte nesta viagem,
Mas não consigo andar
Só me resta continuar vendo você
Quem sabe
Um dia,
o brilho de seu olhar reascenda
O teu sorriso floresça
A bruma desapareça
E o manto caia