NOTURNA
Ela andava apressada
nem olhou ao atravessar
queria chegar logo em casa
precisava descansar
No meio do caminho
olhou a cidade vazia
só as luzes e a Lua
poucos carros na avenida
Tantos prédios e ninguém por perto
tanta gente e ela ali sozinha
a cidade parecia mais um deserto
cheia de luzes e poesia
Ela olhava pela janela
ventava frio, mas o céu estava estrelado
a noite nunca foi tão bela
seu coração enfim estava sossegado
Em seu olhar um único desejo
que o tempo parasse naquele momento
deixasse pra sempre a cidade daquele jeito
de solidão e luzes ao relento