SONETO PARA A MULHER POR DEMAIS AMADA
SONETO PARA A MULHER POR DEMAIS AMADA
Teu rosto, teu corpo, tua alma
são de nunca jamais se esquecer,
qual palmeira, da raiz ao caule e à palma,
que esbelteza, que delícia de se ver!
Que delícias e desejos de se ver, se ter,
de se tomar junto ao meu faminto corpo,
sedento por teu sexo, beijos e o fogoso fogo
e a rogo, plenos gozos, ai de nós, resplandecer...
A vida se faz mais sentida assim, puro instinto,
sentimento inquilino que se inclina preso à crina
de um cavalo-alado estacionado num vetor de esquina.
E eu não minto se te quero, se te exulto
e é sem sentido, se, enfim, eu não te tenho,
a não ser pra te sentir assim bem junto.
(E se assim não for, aí então, eu boto luto).
Serrinha, 27/02/01 – 18/01/07 – 12/04/07