E, ASSIM TERMINOU!!!

Numa previlegiada manhã

o "AMOR"

se apresentou para duas pessoas

e, elas então

entraram num extase total

uma revolução interna

se processou em suas vidas

um universo encantado,

magico, belo, os envolveu

ELA se apresentou a ELE

com toodo o fascinio

e magico encanto

do emblematico universo femenino

e, ELE se apresentou a ELA

originalmente diferente

de tudo o que ELA conhecia

do complexo universo masculino

alternando equilibrio de homen

e molecagem de menino

E, descobriram afinidades

sutis, ingenuas, naturais,

sem o "Q" da maldade

desnudaram seus belos corações,

mente e alma

e, atrairam para si o crepusculo

as noites de lua cheia

e, eram iluminados

pelas luzes das estrelas

sobre a areia

a aurora fazia reverencia,

e passaros e flores

adornamvam-no numa aurea divina

cada um dentro de seu contexto

unico, singular,

em suas verdades pessoais

sublimes, encantavam um ao outro

e, o "AMOR" vendo tudo aquilo

dizia feliz: " cheguei no lugar certo

para as pessoas certas"

e, eles construiram sonhos,

formataram ideais, dinamizaram

um plano de vida, de viverem

uma historia juntos,

ataram elos, solidificaram pontes

entre si,

enquanto as suas luzes internas

fundiam-se num unico faixo de luz

sem reflexos,

"por que eles eram em si todo o universo"

ELA quando ficava em frente ao espelho

era ELE quem ELA via,

ELE ao ver-se no espelho

não era o seu rosto que surgia

mas sim a imagem dela

adornado de flores bela

como gemeas almas

predestinados um ao outro

surgidos, como num divino sopro

e, cada ves mais o amor se expandia,

preenchia espaços

corpos atados em laços

um proporcionava ao outro

uma bela e diferente conotação da vida

respirar era novo

sorrir era diferente

um novo olhar a tudo

se fez de repente

flores do campo surgiam

o mato crescia

e beija-flor rasgava

o ceu nas manhas quando o dia surgia

e, os sonhos, belos sonhos

eram renovados, reeditados,

resurgiam, agora magicos, encantados

e, assim a vida que ja era bela

tornava-se mais exuberante

intensa, densa de momentos interessantes

fascinantes

e o "AMOR" sempre

atento a eles

sempre presente

mantinha-se como um sentinela

e, os observava

atraves de portas, frestas e janelas

...Mas, um dia empoeirado e cinzento

o "AMOR" cochilou

e, quando despertou, notou

que estava no meio de atritos, conflitos,

entre palavras ditas, proferidas,

esculpidas, como arma letal

e, o "AMOR" surpreso, espantado, estupefato,

tentou socorre-los

de todas as formas

para contornar aquele estado mal

usou toda a sua sapiencia

argumentou, fundamentou

mas, eles, permaneciam envoltos

em expessas brumas

a buscarem as piores palavras,

desordenadas, haviam se perdido

nos caminhos, nos ninhos

que tinham construidos

com risos, lagrimas e muito carinho,

e, não deixaram marcas, nem pegadas

para que pudessem voltar e retomar a trilha certa

esqueceram as juras eternas

as conversas belas, os poemas escritos

publicados e escondidos

agora, um acusava o outro!

"voce me deixou"

"não, foi voce quem me abandonou"

e, subtrairam os sorrisos

por gestos irados,

sem sentidos

trocaram as sutis gentilezas

pela feiura da ira, sem certezas

e repetiam mutiplas acusações,

ferindo, machucando,

dando um choque de emoções

embrulharam-se em seus mantos velhos, gastos,

que juraram terem deixado para tras

que não existia mais

o "EU" tornou-se gigantesco

e o "NOS" anulado, subestimado, vilipendiado,

Então, gotas sujas de suas iras

emergiam de suas entranhas

atraves de poros com odores ruins

onde outrora

tinha aroma de jasmim

o "AMOR" ja perturbado, angustiado disse:

eu tenho que salva-los deles mesmo

preciso socorre-los

então o "AMOR" usou

tratados, enunciados, recorreu ao conhecimento

cientifico

buscou nos cientistas, nas teses, no doutorado

e, se descabelou,

envelheceu duzentos anos

ao ver que os dois, ELE e ELA

se afastavam dia apos dia

e perduravam as acusações, achismos, conclusões,

condenação, plena e absoluta inquisição

e, o "AMOR" ouvio ruidos

de palavras feias, escorrerem de suas perfumadas bocas

em pleno vituperio

tudo num subjetivo misterio...

então o "AMOR" chegou a irrefutavel, triste e desolada conclusão,

e, num murmurio cansado, quase que num gemido arrastado,abafado,

pronunciou:

eu nunca estive aqui

eu nunca estive no coração, corpo e alma de voces,

usaram-me de forma errada

sublimando suas fraquesas

que com certeza

buscam esconder, contidas no vazio de suas vidas

chamaram-me por que sentiam-se num beco sem saida

da ausencia de vida

voces apenas querem

satisfazer as suas vaidades pessoais

dizer quem fala, quem sabe mais

tolos, infantis, ignnorantes, incosntantes...

Então o "AMOR" olhou pela ultima vez

para os dois

que continuavam cegos em suas continuadas

buscas de suas eternas verdades

e disse-lhes:

eu não pertenço a voces

o ego de voces não me permite ficar

e, vou para não mais voltar

eu não pertenço a voces

nem a esse lugar

e, então sumiu...

um vento forte

arrastando galhos secos numa espiral

surgiu, e uma chuva forte caiu

e, a magia se desfez

definitivamente para sempre

de uma vez...

JORGE BRITTO
Enviado por JORGE BRITTO em 19/12/2008
Código do texto: T1344213
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