Antigo devaneio

Meu pai sempre me dizia:

Mantenha-se fiel as promessas ditas,

E principalmente as datas comemorativas...

Pois, é preciso alegrar para se ter alegria!

Hoje dia 21, lembrei-me daquele seu portão,

Sombrio e calado,

Secreto e acalentado,

Que em noites frias aquecia meu coração...

É uma pena eu ainda não ser aquela criança encrenqueira

Que acreditava nos inocentes contos de fadas,

E na mentira de tuas sedutoras palavras...

Pois sua hipnotizadora voz de sereia,

Que me domava em devaneios, certa primavera, cortou-me aos prantos!

E naquele dia percebi, que nem todos os naufrágios de amor se tornam contos oceânicos!

Carlos Henrique Toledo
Enviado por Carlos Henrique Toledo em 08/04/2006
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