Antigo devaneio
Meu pai sempre me dizia:
Mantenha-se fiel as promessas ditas,
E principalmente as datas comemorativas...
Pois, é preciso alegrar para se ter alegria!
Hoje dia 21, lembrei-me daquele seu portão,
Sombrio e calado,
Secreto e acalentado,
Que em noites frias aquecia meu coração...
É uma pena eu ainda não ser aquela criança encrenqueira
Que acreditava nos inocentes contos de fadas,
E na mentira de tuas sedutoras palavras...
Pois sua hipnotizadora voz de sereia,
Que me domava em devaneios, certa primavera, cortou-me aos prantos!
E naquele dia percebi, que nem todos os naufrágios de amor se tornam contos oceânicos!