Justiça!

Eu tenho sede

E não é sede de água

Minha sede é por justiça

Dessa que aflora da alma

Corroi a carne e atiça

Não quero sede de calma

Tão sonolenta e passiva

Alimentada por traumas

E ideias corrosivas

Em meio a tanta injustiça

Tenho sede por justiça

Dô um duro desgraçado

Pra neguin posar de artista

Com direitos agendados

E discurso moralista

O cara faz e acontece

Inplanta terror, põe na lista

E depois sai de inocente

E eu deitado na pista

Em cela de quatro paredes

Em cama de analista

Morrendo de medo e de sede

No meio de tanta injustiça.

Que injustiça!

Não me bastasse ser malabarista

Agora eu ter que ser fundista

Que só tem sede por justiça

Justiça!

Sem idéias paternalistas!

Sem idéias sentimentalistas!

Justiça!

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 05/01/2009
Código do texto: T1369307